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Experiência com Implante de Marca-passo Cerebral para o Mal de Parkinson

Atualizado: 26 de jul. de 2020


Meu nome é Rosimery Nogueira Ponzoni e estou aqui para falar sobre minha história com o Parkinson.


Não preciso dizer que ter Parkinson é muito ruim, mas muito ruim mesmo.


​Tem um ator brasileiro que diz que o dele é um Parkinson de diversões.... O meu só tinha trem fantasma e castelo do terror.


Foram muitos anos correndo atrás de médicos.


​Primeiro foram os ortopedistas e fisioterapeutas, pois no começo dos sintomas, todos achavam que eram LER e como trabalhava em banco, era muito comum este tipo de lesão em bancários.


​Enfim, até chegarmos a um diagnóstico, foram muitos anos.


​Anos terríveis, pois a vida deixou de ser tranquila, só com uma ansiedade enorme, pois o único futuro que vislumbrava, era das horas em que o remédio fazia efeito, porque nunca sabia como eu estaria depois.


​O negócio era o seguinte: Se correr o bicho pega e se parar o bicho come.


​Se tomava remédio ficava leve e se não tomava, ficava com aqueles terríveis movimentos involuntários.


​Então resolvi partir para o ataque e atirei para todos os lados e se vocês acreditam que existe um Deus ou uma força superior que possa nos intuir, foi o que aconteceu comigo.


​Encontrei dois anjos, que não por coincidência usam branco, só que em vez de asas, usam jalecos.


​Começamos então a pensar em cirurgia e confesso que não tive medo algum.


Estava em ótimas mãos e o aparelhinho que seria implantado era o melhor e de última geração.


​Foi explicado tudo direitinhos e os riscos, que embora existirem, eram mínimos.


​Fiz todos os exames pré-operatórios e os testes necessários e finalmente estava apta para a famosa cirurgia DBS, o implante cerebral profundo.


​Então no dia 13 de outubro do ano passado [Cirurgia em 13 de outubro de 2015], fui cedinho para o hospital, no mesmo dia em que a cirurgia seria feita,

A internação foi super tranquila e eu estava animada e confiante e curiosa e não via a hora de acabar para conferir os resultados.


​Com tanta gente torcendo, com a onda de amor emanada por todos, com tanta gente competente, nada poderia dar errado.


​Quando cheguei na sala cirúrgica e vi meus médicos e seus auxiliares todos tranquilos, fiquei mais confiante ainda.


Tenho certeza que minha família, meu marido e minhas filhas, estavam piores do que eu, preocupados com que estava acontecendo lá dentro.


​Fui anestesiada e nem percebi e quando me deu conta, estava acordada respondendo.....quantos dedos tem aqui? Qual o seu nome? ​Olha deste lado... agora do outro...


Foi realmente muito tranquilo.


​Dormi de novo e já acordei na UTI, onde passei a noite.


Querem saber qual foi a pior parte de tudo??


​Não foi ser sedada, nem acordada no meio da operação...foi acordar na UTI, ótima, animada, sem sono algum, querendo conversar, e único canal da TV que passava alguma coisa, era o canal do boi, O resto foi moleza.


No dia seguinte já estava de pé, pronta para ir pra casa. Fui internada em uma quarta e na sexta já estava de volta. Minha recuperação foi excelente, e voltei a andar sem ter que pensar no próximo passo.


​E eu estou aqui para falar que a cirurgia foi a melhor coisa que me aconteceu nos últimos 15 anos, podendo a voltar a sentir alegria em sair, reunir amigos. Faço minhas caminhadas a academia três vezes por semana.


​É claro que ainda terei acompanhamento médico e a ter certos cuidados, mas minha qualidade de vida superou as expectativas.


Voltei a viver e ter a certeza que a vida pode continuar a ser maravilhosa.


A Sra. Rosimary trocou o “marca-passo” agora em 2020 por fim de bateria. Recebeu novamente a última geração de marca-passo, agora “recarregável”, o que não existia em 2015. Esperamos que não necessite mais a pequena cirurgia de troca de marca-passo no futuro.

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